Ajíes

Generalidades

Os AJÍES (Pimentas) tiveram sua origem na zona andina e amazónica (Alto do Perú) hoje pertence a Bolivia. Desde então se dispersaram para o resto do continente por intermédio das aves, quem ao consumir das frutas dispersaram as sementes, propagando-as a través de suas excreções.

História

Existem vestígios que mostram a antiguidade dos AJÍES no Perú: O pesquisador Junius Bird achou restos de ají (pimenta) na Huaca Prieta, depósito arqueológico que data do ano 2500 a.C. e esta localizado na província de La Libertad.

Assim mesmo, tem se identificado algumas representações de frutos de AJÍ no Obelisco Tello, pertencente a Cultura Chavín, com 3000 anos de antiguidade.

Usos na alimentação 

No antigo Perú o AJÍ  era o ingrediente ideal para a elaboração de numerosos pratos como el ajiaco de quinua e kiwicha, picante de cuy (porquinho da índia bem temperada), ajiaco de papa até agora consumido anticucho, que provem de das palavras quechuas "Antic" + "Uchu" = "Ají del Ande" ou "Pimenta dos andes". 

Hoje em día, os AJÍES são as especiarias mais usadas na culinária mundial como ingrediente para temperar comidas. Se usa em forma fresca e processada sob diversas formas: desidratado ou seco, defumado, inteiro, picado, congelado, enlatado, em molhos, etc.

Usos curativos
  

Também possuem qualidades curativas como calma a tosse e dores intestinais; combate dores reumáticos e musculares, seca e cicatriza feridas; serve para tratar picadura de insectos, efeitos da la sarna e eliminar piolhos.

Outros usos 

Conta a história que o AJÍ  não só se usou para a alimentação, mas  também para propósitos menos prazerosos: se diz na história Inca, que Huáscar, antes de ser Inca, torturou a Colla Túpac, representante de seu pai o Inca Huayna Cápac, fazendo cheirar e ver a fumaça cáustica que se desprendia da pimenta seca exposto ao fogo.

Assim mesmo,  sabe-se que nos tempos dos Incas no Antigo Perú e dos Aztecas no México, as pimentas eram oferecidos como tributo a suas respectivas deidades.